Autismo em Adultos: Como Lidar com o Diagnóstico Tardio
Dra Micare Ribeiro
•
30 de jul. de 2024
Diagnóstico e tratamento do autismo em adultos
Receber um diagnóstico de autismo na fase adulta pode ser desafiador, mas também é um passo crucial para o autoconhecimento e desenvolvimento da independência. Para muitos, o autismo só é diagnosticado tardiamente, o que levanta uma série de questões e desafios únicos.
A Realidade do Diagnóstico Tardio
Luciana Viegas, ativista pela neurodiversidade e idealizadora do movimento “Vidas negras com deficiência importam”, ilustra o sentimento de invisibilidade que muitos adultos autistas sentem: “Entre a nossa comunidade, brincamos que crianças autistas não envelhecem; elas entram no pote no final do arco-íris e desaparecem.” Esta fala apesar de descontraída, mas crítica, destaca a falta de discussão sobre o transtorno do espectro autista (TEA) na vida adulta. O autismo é uma condição permanente e compreender seu funcionamento em todas as fases da vida é essencial para a inclusão social e a qualidade de vida das pessoas autistas.
O que é o TEA?
O TEA não é uma doença, mas uma variação do funcionamento típico do cérebro. O TEA faz parte dos transtornos do desenvolvimento neurológico e se manifesta em déficits na comunicação, sociabilidade e comportamentos repetitivos. A intensidade dos sintomas pode variar amplamente entre os indivíduos.
Classificação do TEA
O TEA é classificado em níveis que indicam o grau de apoio necessário:
Nível 1: Dificuldade leve para interação social e troca de atividades. Exige apoio leve.
Nível 2: Dificuldade moderada para socialização e resistência a mudanças. Exige apoio moderado.
Nível 3: Dificuldade significativa na comunicação e interação social. Exige muito apoio.
Essa classificação ajuda a determinar as intervenções necessárias para cada pessoa.
Histórias de Diagnóstico Tardio
Alguns famosos brasileiros como a atriz Letícia Sabatela e o humorista e apresentador Danilo Gentille descobriram o autismo após os 40 anos de idade.
Mas, existem milhares de pessoas que descobrem o autismo na vida adulta e enfrentam o capacitismo ao buscar seu diagnóstico. Inicialmente, muitos profissionais de saúde desconsideram a suspeita de autismo, associando suas crises a transtornos mais marginalizados. A situação é ainda mais agravada pela cor de pele.
Desafios e Estratégias para Adultos Autistas
Adultos autistas enfrentam desafios distintos dos que enfrentaram na infância. Eles muitas vezes desenvolvem mecanismos para lidar com seus sintomas, um fenômeno conhecido como "masking". Os desafios incluem:
Rigidez Cognitiva: A dificuldade em lidar com mudanças pode causar ansiedade e crises.
Hiperfoco: Facilidade em dominar um assunto específico, mas dificuldades em atividades do dia a dia.
Crises: Meltdown (colapso nervoso), shutdown (fechamento) e burnout (esgotamento) são comuns devido à sobrecarga sensorial e emocional.
Tratamento e Intervenção
Embora o autismo não tenha cura, o tratamento foca no autoconhecimento e na independência. Abordagens multidisciplinares que envolvem psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos, entre outros, são essenciais. Medicamentos podem ser prescritos para tratar comorbidades como ansiedade e depressão.
Conclusão
Pessoas autistas, como qualquer outra, têm desejos, medos e sonhos. O diagnóstico, mesmo que tardio, é um passo fundamental para que possam viver de forma plena e satisfatória.
Receber um diagnóstico de autismo na fase adulta pode ser desafiador, mas também é um passo crucial para o autoconhecimento e desenvolvimento da independência. Para muitos, o autismo só é diagnosticado tardiamente, o que levanta uma série de questões e desafios únicos.
A Realidade do Diagnóstico Tardio
Luciana Viegas, ativista pela neurodiversidade e idealizadora do movimento “Vidas negras com deficiência importam”, ilustra o sentimento de invisibilidade que muitos adultos autistas sentem: “Entre a nossa comunidade, brincamos que crianças autistas não envelhecem; elas entram no pote no final do arco-íris e desaparecem.” Esta fala apesar de descontraída, mas crítica, destaca a falta de discussão sobre o transtorno do espectro autista (TEA) na vida adulta. O autismo é uma condição permanente e compreender seu funcionamento em todas as fases da vida é essencial para a inclusão social e a qualidade de vida das pessoas autistas.
O que é o TEA?
O TEA não é uma doença, mas uma variação do funcionamento típico do cérebro. O TEA faz parte dos transtornos do desenvolvimento neurológico e se manifesta em déficits na comunicação, sociabilidade e comportamentos repetitivos. A intensidade dos sintomas pode variar amplamente entre os indivíduos.
Classificação do TEA
O TEA é classificado em níveis que indicam o grau de apoio necessário:
Nível 1: Dificuldade leve para interação social e troca de atividades. Exige apoio leve.
Nível 2: Dificuldade moderada para socialização e resistência a mudanças. Exige apoio moderado.
Nível 3: Dificuldade significativa na comunicação e interação social. Exige muito apoio.
Essa classificação ajuda a determinar as intervenções necessárias para cada pessoa.
Histórias de Diagnóstico Tardio
Alguns famosos brasileiros como a atriz Letícia Sabatela e o humorista e apresentador Danilo Gentille descobriram o autismo após os 40 anos de idade.
Mas, existem milhares de pessoas que descobrem o autismo na vida adulta e enfrentam o capacitismo ao buscar seu diagnóstico. Inicialmente, muitos profissionais de saúde desconsideram a suspeita de autismo, associando suas crises a transtornos mais marginalizados. A situação é ainda mais agravada pela cor de pele.
Desafios e Estratégias para Adultos Autistas
Adultos autistas enfrentam desafios distintos dos que enfrentaram na infância. Eles muitas vezes desenvolvem mecanismos para lidar com seus sintomas, um fenômeno conhecido como "masking". Os desafios incluem:
Rigidez Cognitiva: A dificuldade em lidar com mudanças pode causar ansiedade e crises.
Hiperfoco: Facilidade em dominar um assunto específico, mas dificuldades em atividades do dia a dia.
Crises: Meltdown (colapso nervoso), shutdown (fechamento) e burnout (esgotamento) são comuns devido à sobrecarga sensorial e emocional.
Tratamento e Intervenção
Embora o autismo não tenha cura, o tratamento foca no autoconhecimento e na independência. Abordagens multidisciplinares que envolvem psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos, entre outros, são essenciais. Medicamentos podem ser prescritos para tratar comorbidades como ansiedade e depressão.
Conclusão
Pessoas autistas, como qualquer outra, têm desejos, medos e sonhos. O diagnóstico, mesmo que tardio, é um passo fundamental para que possam viver de forma plena e satisfatória.
Micare Ribeiro
ADVOGADA
Dra. Micare, especialista em direito do consumidor, dedicada a combater injustiças e proteger consumidores.
Localização
Rua Expedicionário Geraldo Baeta, 30 Sala 7 - Bairro Centro.
Entre Rios de Minas - MG
CEP: 35.490-000
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