Terapias de 30 Minutos: Como Elas Atrasam o Desenvolvimento de Crianças Autistas
Dra Micare RIbeiro
•
14 de out. de 2024
Podem fazer mais mal do que bem
A importância das terapias para o desenvolvimento de crianças autistas é inegável. No entanto, muitos pais enfrentam uma realidade frustrante: planos de saúde que oferecem sessões de terapia com duração reduzida, muitas vezes limitadas a apenas 30 minutos. Esse tempo, além de ser insuficiente para atender as necessidades terapêuticas de uma criança autista, pode comprometer significativamente seu progresso e desenvolvimento.
O Impacto das Terapias de 30 Minutos no Desenvolvimento da Criança Autista
As terapias indicadas para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) — como a Terapia ABA (Análise do Comportamento Aplicada), a fonoaudiologia, a psicopedagogia e a terapia ocupacional — são essenciais para melhorar suas habilidades de comunicação, socialização e autonomia. No entanto, esses benefícios dependem de uma carga horária adequada.
As sessões de 30 minutos impostas por alguns planos de saúde são insuficientes para atender as demandas dessas terapias, que exigem um tempo maior para que os profissionais trabalhem de maneira eficaz. Aqui estão alguns dos impactos negativos dessa prática:
Comprometimento do Processo Terapêutico: Muitas crianças precisam de mais tempo para se adaptar ao ambiente terapêutico, o que já consome uma parte considerável dos primeiros minutos da sessão. Com apenas 30 minutos, resta pouco tempo para realizar intervenções significativas.
Desaceleração do Desenvolvimento: A repetição e a prática constante são fundamentais no desenvolvimento de habilidades em crianças autistas. Com sessões curtas, o tempo de prática diminui, o que pode retardar o progresso da criança em áreas críticas como fala, socialização e habilidades motoras.
Aumento da Frustração Familiar: Além de prejudicar o progresso da criança, os pais acabam se frustrando ao perceber que, mesmo com terapia regular, a evolução não é satisfatória. Isso pode resultar na necessidade de buscar terapias particulares, gerando mais despesas para a família.
Prejuízo à Saúde Mental da Criança: A interrupção frequente de atividades terapêuticas e a falta de continuidade no tratamento podem gerar estresse e frustração nas crianças, comprometendo seu bem-estar emocional.
A Carga Horária Adequada e a Obrigação dos Planos de Saúde
De acordo com especialistas, a terapia adequada para crianças autistas deve ter, no mínimo, 1 hora por sessão, especialmente quando se trata da Terapia ABA. Essa abordagem terapêutica exige um tempo maior para que as crianças consigam processar as informações e praticar os comportamentos ensinados, além de permitir a aplicação de estratégias individualizadas.
A Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/98) e as regulamentações da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) garantem a cobertura de terapias para o tratamento do autismo, sem limitação de tempo ou quantidade. Portanto, reduzir a duração das sessões é uma prática abusiva por parte das operadoras.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), em várias decisões, tem reafirmado que os planos de saúde são obrigados a oferecer o tratamento integral prescrito pelo médico, inclusive no que diz respeito à carga horária das terapias. Limitar a duração das sessões de terapia não apenas compromete a saúde da criança, mas também fere os direitos garantidos por lei.
O Que Fazer Quando o Plano de Saúde Reduz a Duração das Sessões?
Quando o plano de saúde oferece sessões de terapia de apenas 30 minutos, os pais podem tomar medidas legais para garantir o atendimento adequado. Veja como proceder:
Solicitar Prescrição Médica Completa: O primeiro passo é obter um laudo médico detalhado, que especifique a necessidade de terapias com carga horária adequada, como sessões de 1 hora ou mais.
Entrar em Contato com o Plano de Saúde: Notifique o plano de saúde por escrito, pode ser por mensagem ou pelo 0800.
Reclamar na ANS: Se o plano de saúde continuar a negar a carga horária completa, você pode registrar uma reclamação junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que é o órgão responsável por fiscalizar os planos de saúde.
Entrar com Ação Judicial: Caso a operadora se recuse a cumprir a prescrição médica, é possível entrar com uma ação judicial para garantir o direito ao tratamento adequado. Nesses casos, a Justiça costuma ser rápida, concedendo liminares que obrigam o plano a fornecer a terapia completa imediatamente.
Conclusão: Não Aceite Menos que o Tratamento Completo
As terapias são fundamentais para o desenvolvimento de crianças autistas, e qualquer limitação imposta pelo plano de saúde pode prejudicar o progresso da criança. As sessões de 30 minutos não são suficientes para atender as demandas terapêuticas, e, legalmente, as operadoras de plano de saúde são obrigadas a fornecer a carga horária integral prescrita pelos médicos.
Se você está enfrentando esse problema, entre em contato com meu escritório clicando aqui.
A importância das terapias para o desenvolvimento de crianças autistas é inegável. No entanto, muitos pais enfrentam uma realidade frustrante: planos de saúde que oferecem sessões de terapia com duração reduzida, muitas vezes limitadas a apenas 30 minutos. Esse tempo, além de ser insuficiente para atender as necessidades terapêuticas de uma criança autista, pode comprometer significativamente seu progresso e desenvolvimento.
O Impacto das Terapias de 30 Minutos no Desenvolvimento da Criança Autista
As terapias indicadas para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) — como a Terapia ABA (Análise do Comportamento Aplicada), a fonoaudiologia, a psicopedagogia e a terapia ocupacional — são essenciais para melhorar suas habilidades de comunicação, socialização e autonomia. No entanto, esses benefícios dependem de uma carga horária adequada.
As sessões de 30 minutos impostas por alguns planos de saúde são insuficientes para atender as demandas dessas terapias, que exigem um tempo maior para que os profissionais trabalhem de maneira eficaz. Aqui estão alguns dos impactos negativos dessa prática:
Comprometimento do Processo Terapêutico: Muitas crianças precisam de mais tempo para se adaptar ao ambiente terapêutico, o que já consome uma parte considerável dos primeiros minutos da sessão. Com apenas 30 minutos, resta pouco tempo para realizar intervenções significativas.
Desaceleração do Desenvolvimento: A repetição e a prática constante são fundamentais no desenvolvimento de habilidades em crianças autistas. Com sessões curtas, o tempo de prática diminui, o que pode retardar o progresso da criança em áreas críticas como fala, socialização e habilidades motoras.
Aumento da Frustração Familiar: Além de prejudicar o progresso da criança, os pais acabam se frustrando ao perceber que, mesmo com terapia regular, a evolução não é satisfatória. Isso pode resultar na necessidade de buscar terapias particulares, gerando mais despesas para a família.
Prejuízo à Saúde Mental da Criança: A interrupção frequente de atividades terapêuticas e a falta de continuidade no tratamento podem gerar estresse e frustração nas crianças, comprometendo seu bem-estar emocional.
A Carga Horária Adequada e a Obrigação dos Planos de Saúde
De acordo com especialistas, a terapia adequada para crianças autistas deve ter, no mínimo, 1 hora por sessão, especialmente quando se trata da Terapia ABA. Essa abordagem terapêutica exige um tempo maior para que as crianças consigam processar as informações e praticar os comportamentos ensinados, além de permitir a aplicação de estratégias individualizadas.
A Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/98) e as regulamentações da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) garantem a cobertura de terapias para o tratamento do autismo, sem limitação de tempo ou quantidade. Portanto, reduzir a duração das sessões é uma prática abusiva por parte das operadoras.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), em várias decisões, tem reafirmado que os planos de saúde são obrigados a oferecer o tratamento integral prescrito pelo médico, inclusive no que diz respeito à carga horária das terapias. Limitar a duração das sessões de terapia não apenas compromete a saúde da criança, mas também fere os direitos garantidos por lei.
O Que Fazer Quando o Plano de Saúde Reduz a Duração das Sessões?
Quando o plano de saúde oferece sessões de terapia de apenas 30 minutos, os pais podem tomar medidas legais para garantir o atendimento adequado. Veja como proceder:
Solicitar Prescrição Médica Completa: O primeiro passo é obter um laudo médico detalhado, que especifique a necessidade de terapias com carga horária adequada, como sessões de 1 hora ou mais.
Entrar em Contato com o Plano de Saúde: Notifique o plano de saúde por escrito, pode ser por mensagem ou pelo 0800.
Reclamar na ANS: Se o plano de saúde continuar a negar a carga horária completa, você pode registrar uma reclamação junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que é o órgão responsável por fiscalizar os planos de saúde.
Entrar com Ação Judicial: Caso a operadora se recuse a cumprir a prescrição médica, é possível entrar com uma ação judicial para garantir o direito ao tratamento adequado. Nesses casos, a Justiça costuma ser rápida, concedendo liminares que obrigam o plano a fornecer a terapia completa imediatamente.
Conclusão: Não Aceite Menos que o Tratamento Completo
As terapias são fundamentais para o desenvolvimento de crianças autistas, e qualquer limitação imposta pelo plano de saúde pode prejudicar o progresso da criança. As sessões de 30 minutos não são suficientes para atender as demandas terapêuticas, e, legalmente, as operadoras de plano de saúde são obrigadas a fornecer a carga horária integral prescrita pelos médicos.
Se você está enfrentando esse problema, entre em contato com meu escritório clicando aqui.
Micare Ribeiro
ADVOGADA
Dra. Micare, especialista em direito do consumidor, dedicada a combater injustiças e proteger consumidores.
Localização
Rua Expedicionário Geraldo Baeta, 30 Sala 7 - Bairro Centro.
Entre Rios de Minas - MG
CEP: 35.490-000
Micare Ribeiro
ADVOGADA
Dra. Micare, especialista em direito do consumidor, dedicada a combater injustiças e proteger consumidores.
Localização
Rua Expedicionário Geraldo Baeta, 30 Sala 7 - Bairro Centro. Entre Rios de Minas - MG
CEP: 35.490-000
Micare Ribeiro
ADVOGADA
Dra. Micare, especialista em direito do consumidor, dedicada a combater injustiças e proteger consumidores.
Localização
Rua Expedicionário Geraldo Baeta, 30 Sala 7 - Bairro Centro. Entre Rios de Minas - MG
CEP: 35.490-000